Perifrase

Perífrase

Em termos gerais, perífrase designa qualquer sintagma ou expressão idiomática mais desenvolvida (e mais ou menos óbvia ou direta) que substitui outra.
O termo é mais utilizado para identificar uma Figura de linguagem ou figura de estilo retórico que também substitui uma expressão curta e direta por outra mais extensa e carregada de maior ou menor simbolismo, estando, neste caso, intimamente relacionada com a antonomásia.

Consiste, portanto, em especificar determinadas características, mais ou menos objetivas, do objeto que se quer nomear indiretamente. O seu uso pode justificar-se por diversas razões, como a não repetição da mesma palavra em frases próximas ou na mesma frase; para engrandecer o assunto tratado (neste caso, ligada à hipérbole) ou, pelo contrário, para lhe não darmos demasiado importância ("uma pessoa menos favorecida pela beleza" por "pessoa feia" - e, neste caso, ligada ao eufemismo. Paulo Coelho é um dos grandes representantes do uso deste recurso estilístico.

Exemplos

"a última flor do Lácio", termo empregado por Olavo Bilac utiliza este recurso estilístico para referir-se à Língua portuguesa.
"O país do futebol acredita em seus filhos." (a expressão país do futebol expressa o termo Brasil)
"A dama do teatro brasileiro foi indicada ao Oscar." (a dama do teatro brasileiro expressa o termo Fernanda Montenegro)
"O autor de Quincas Borba é conhecido como o Bruxo do Cosme Velho." (o Bruxo do Cosme Velho representaMachado de Assis)
"Portadores do mal-de-lázaro são brutalmente discriminados por quase todo mundo." (o mal-de-lázaro representaLepra)

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